Pagar portagens equivale em termos práticos a construir novas auto-estradas.
O final de qualquer viagem por auto-estrada termina sempre com a mesma fórmula: o condutor avista uma portagem por onde vai passar e pagar. Um gesto simples e automático; no entanto, cheio de implicações.
Mais que um meio efectivo de cobrança pela utilização de uma via de comunicação, as portagens são o elo directo entre despesas e receitas:
- Significa isto que os custos de manutenção e funcionamento da rede de auto-estradas exigem o encaminhamento de receitas obtidas através de portagens.
Nenhuma estrada é gratuita. Directa ou indirectamente, os encargos são suportados pelos cidadãos. Contudo, há diferenças importantes a considerar
- Apesar de as auto-estradas parecerem mais caras, o custo total destes projectos tende a ser inferior. A construção de auto-estradas (financiada em grande parte com receitas de portagens) é bem mais rápida do que a de estradas pagas apenas com impostos. A razão é evidente: no caso das primeiras, desde o início das obras que se pode contar com a totalidade do capital necessário.
Em última análise, ao optarem pelo conforto, comodidade e pela qualidade que as auto-estradas oferecem, os utentes estão a intervir de forma activa no financiamento das auto-estradas presentes e futuras.
Assim, pagar portagens equivale em termos práticos a construir novas auto-estradas.
Em suma, com o simples gesto, cada qual faz uma aposta efectiva no crescimento e desenvolvimento estrutural do país.